Pouco antes de casar, meu pai enviou esse poema à minha mãe.Ela guardou até o final de seus dias:
Assim, ambos assim no mesmo passo,
iremos seguindo a mesma estrada...
Tu, no meu braço trêmulo amparada,
e, eu, amparado no teu lindo braço.
Pela estrada da vida seguiremos,
plantando sementes e colhendo flores.
Recebendo espinhos, sorrindo entre lágrimas,
como se essa estrada fosse...
O mais florido de todos os caminhos!
Assim, ambos assim, no mesmo passo...
Já se faz longa a caminhada.
Continuas no meu braço trêmulo,
amparada, e eu, amparado no teu lindo braço...
Sementes plantadas, flores colhidas,
espinhos cravados ao longo da vida.
Frutos... quantos frutos...!
Multiplicados, divididos, somados e subtraídos.
Assim, ambos assim, no mesmo passo,
iremos seguindo a mesma estrada,
quando te faltará o meu trêmulo braço...?
Ou, quando me faltará o teu lindo braço?
Se um ou outro..., com certeza seguiremos,
um sobre o outro plantando flores...
Tornando assim, o próprio sofrer mais ameno,
como se com o colorido, isso possível fosse!
Assim, tão só... Eu ou você aprenderemos,
que por mais amor que possamos um pelo outro ter,
impossível é... Um ao outro não fazer sofrer...!
Uma vida em um poema!!!!
ResponderExcluirWhoy