Líamos, decoramos, mas não dávamos muita importância.
Agora....com o passar dos anos...vemos o quão verdadeira e linda ela é..
- "MEUS 8 ANOS"
- Oh! que saudades que tenho
- Da aurora da minha vida,
- Da minha infância querida
- Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
- Naquelas tardes fagueiras
- À sombra das bananeiras,
- Debaixo dos laranjais!
- Como são belos os dias
- Do despontar da existência!
- — Respira a alma inocência
- Como perfumes a flor;
- O mar é — lago sereno,
- O céu — um manto azulado,
- O mundo — um sonho dourado,
- A vida — um hino d'amor!
- Que aurora, que sol, que vida,
- Que noites de melodia
- Naquela doce alegria,
- Naquele ingênuo folgar!
- O céu bordado d'estrelas,
- A terra de aromas cheia
- As ondas beijando a areia
- E a lua beijando o mar!
- Oh! dias da minha infância!
- Oh! meu céu de primavera!
- Que doce a vida não era
- Nessa risonha manhã!
- Em vez das mágoas de agora,
- Eu tinha nessas delícias
- De minha mãe as carícias
- E beijos de minha irmã!
- Livre filho das montanhas,
- Eu ia bem satisfeito,
- Da camisa aberta o peito,
- — Pés descalços, braços nus
- — Correndo pelas campinas
- A roda das cachoeiras,
- Atrás das asas ligeiras
- Das borboletas azuis!
- Naqueles tempos ditosos
- Ia colher as pitangas,
- Trepava a tirar as mangas,
- Brincava à beira do mar;
- Rezava às Ave-Marias,
- Achava o céu sempre lindo.
- Adormecia sorrindo
- E despertava a cantar!
- ..............................
.. - Oh! que saudades que tenho
- Da aurora da minha vida,
- Da minha infância querida
- Que os anos não trazem mais!
- — Que amor, que sonhos, que flores,
- Naquelas tardes fagueiras
- À sombra das bananeiras
- Debaixo dos laranjais!
Verdade, ao menos para muitas gerações de mourâoenses de sorte.
ResponderExcluirEstava escrita numa das paredes internas do Grupo Escolar Mal. Rondon - ao lado da cantina. Eu a lia todos os dias de aula, de 1968 até 1971. Da última vez que visitei o Grupo, em 1989, ainda estava visível. Um pouco desbotada, mas estava lá.
A sorte é ter estudado lá.
Rapaz! Muitas saudades. Estava lá ainda, em 1989, numa das paredes do Marechal Rondon. Nós formávamos fila, no início da aula e depois do recreio, na frente do quadro aonde ela estava escrita. Eu a lia e não dava muita importância. Como passou rápido. Dona Leoni, Dona Verony, Dona Terezinha Fernandes. Os meus amigos. Meus bons amigos. Cadê vocês?
ResponderExcluirEm 1996 ainda estava lá, na mesma parede. Engraçado que aprendi a gostar desse poema depois que saí de daquele colégio. Parece que agora faz mais sentido. Saudades do Mal. Rondon. Saudades dos meus 16 anos, rs.
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