Essa conjunção astrológica é o estopim para a entrada da Era de Aquário e no turbilhão de mudanças que a década de 1960 provocou no mundo, tornou-se o elo que alinhavou todo o sentido daquelas mudanças, em prol de um único significado.
James Rado e Gerome Ragni eram dois atores que se conheceram em 1964. Somando as suas experiências teatrais, viram que tinham em comum a perspicácia de observar a sociedade com lentes sutis e enxergarem novidades.
Andando pelas ruas do East Village em New York, Rado e Ragni perceberam que o emergente movimento hippie era mais que um modismo passageiro de cabeludos usando roupas coloridas e percebendo a gama de significados contraculturais explodindo nas ruas como epidemia, uniram forças e escreveram uma peça retratando esse momento.
Entraram em contato com o compositor Galt MacDermot que trabalhou intensamente na composição das canções e nascia aí a primeira "Ópera Rock Tribal" ou como falavam em inglês, "The Tribal Love Rock American Musical".
Sem dinheiro, nem patrocinadores, procuraram um pequeno empresário teatral com quem se associaram, chamado Joseph Papp, que era proprietário do desconhecido teatro "Public Theater", onde encenaram a peça pela primeira vez em 23 de outubro de 1967.
Nesses primeiros tempos, as apresentações contavam com pouca divulgação e público e os relatos dão conta de reações negativas por parte do público. Pessoas tampavam os ouvidos reclamando do volume da banda de Rock que dava o suporte instrumental à peça e se chocavam com aquele bando de hippies no palco em meio à sua mensagem cheia de afrontas ao establishment.
Mas a sorte de Rado e Ragni mudou quando numa dessas primeiras apresentações no Public Theater, um sujeito chamado Michael Butler estava sentado assistindo e fascinado pela estória , músicas e força da mensagem.
Milionário e entusiasmado pelo espetáculo, dispôs-se a entrar em cena, colocando dinheiro e seu prestígio social para alavancar a peça.
Sua primeira ação como produtor, foi levar a peça para um palco mais categorizado. Sendo assim, a produção deslocou-se para o Biltimore Theater, no circuito da Broadway e a primeira apresentação na nova casa, se deu em fevereiro de 1968.
À essa altura, Butler não mediu esforços para profissionalizar o espetáculo, trazendo o produtor associado, Bertrand Castelli e a presença do diretor, Tom O'Horgan.
E com esse salto, a peça explodiu , se tornando rápidamente o espetáculo mais badalado de New York. Personalidades muito importantes começaram a frequentar as cadeiras do teatro e o caráter "cool" estava ficando cada vez mais acentuado.
Por outro lado, da mesma forma que artísticamente era um estouro, haviam as reações contrárias dos retrógrados. Ameaças de boicote por parte das autoridades e perseguições eram constantes.
O produtor Michael Butler chegou a contratar um advogado para ficar de plantão toda noite na coxia do teatro e com U$ 10.000 na pasta, para eventualmente pagar fianças , caso a polícia viesse com mandado de prisão para atores ou membros da produção.
Logo que explodiu, "Hair" ganhou a atenção do sisudo New York Times e seu crítico teatral, Clive Barnes publicou a seguinte crítica :
"Boas referências são feitas aos benefícios expansivos das drogas; a homossexualidade não é desaprovada. Uma das letras, fala de práticas sexuais misteriosas, mais familiares às páginas do Kama Sutra do que nas páginas do New York Times. Bem, vocês foram avisados...E a propósito, eles também distribuem flores."
No tocante às músicas, o LP contendo todas as canções subiu rápidamente ao topo dos charts, chegando ao primeiro posto e numa época em que o nível de grandes artistas era altíssimo e nem preciso me estender nessa explicação/comparação.
As músicas, belíssimas e com letras muito fortes, cairam no gosto popular, com vida fora da peça. Então, outros artistas se interessaram em gravá-las , aumentando ainda mais a repercussão.
O primeiro deles foi o quinteto de Soul/R'n'B, Fifth Dimension, que fez uma excelente interpretação de duas músicas, curiosamente a primeira e a última do espetáculo, lançando-as num compacto simples, "Aquarius" e "Let the Sunshine in".
Logo a seguir, a banda Cowsills lançou sua versão da música "Hair", com direito a um promo para a TV, com seus membros exibindo cabeleiras enormes.
O cantor pop Oliver, lançou a seguir sua versão da balada " Good Morning Starshine" e o Three Dog Night, lançou "Easy to be Hard".
O Lp oficial da versão teatral ganhou o prêmio Grammy de melhor do ano em 1969.
Uma bela definição sobre o que representava "Hair" é pensar que o conceito das pessoas se unindo e se amando , sem ter nada a ver com cor e tudo o mais, era a captura daquele momento mágico, onde por um instante inédito na história da humanidade, se permitiu sonhar com um mundo fraterno.
Algumas curiosidades sobre Hair :
1) Figura forte do presidente Nixon, o secretário de estado, Henry Kissinger foi assistir e achou uma maravilha, mesmo sendo um elemento chave para manter a política reacionária dos republicanos, principalmente no tocante à manutenção da famigerada guerra do Vietnã, um dos maiores focos do libelo da paz em "Hair"...
2) Os astronautas James Lovell e John Swigert que participaram da Missão Espacial da Apollo 13 em 1970 e quase morreram (Na década de 1990, Tom Hanks protagonizou um filme a respeito ) e de onde saiu a emblemática frase: "Houston, nós temos problemas", foram assistir e causaram manchetes no dia seguinte, por terem abandonado o teatro revoltados com o que consideraram "antipatriótica" a essência do espetáculo.
3) Quando o ator Lamont Washington faleceu vitimado por um incêndio, o produtor Michael Butler se recusou a desmarcar uma matinê no dia de seu enterro. O elenco se revoltou e se recusou a trabalhar naquela tarde, mas Butler endureceu, ameaçando todos de demissão. Os atores negros se recusaram a trabalhar e o espetáculo foi encenado só pelos brancos que quebraram a greve, ameaçados por Butler. Com esse fato, começou a ruir a relação boa que tinham com Butler e dali em diante, nunca mais o clima foi igual nos bastidores. E ele, Michael Butler, alegou que era praxe do teatro jamais parar, mesmo em caso de morte...
4) Gerome Ragni, o autor e principal ator, queria sempre agregar novidades. Certa vez, sem avisar ninguém, nem mesmo o diretor Tom O'Horgan, resolveu testar uma nova entrada em cena, vindo inteiramente nú da rua , entrando pela frente do teatro em meio ao público. Não contente com isso, fez num outro dia a mesma coisa, mas ostentando uma flor introduzida em seu orifício anal. Isso foi a gôta d'água para Michael Butler o demitir sumáriamente e também a James Rado, o outro ator e co-autor, que solidarizou-se com Ragni.
Esse ato entrou para a história do teatro americano, pois nunca antes um produtor havia demitido dois atores principais e que fossem os próprios autores da peça !
Dias depois, persuadido pelos outros atores e pelo diretor, recontratou-os...
5) Mais que um elenco, eles se consideravam uma "tribo". Até hoje, qualquer ator que tenha participado de "Hair"é conhecido como "Membro da Tribo".
6) Certa vez em Acapulco, México, a polícia prendeu todo o elenco e produtores, alegando subversão e atentado aos "bons costumes", que certamente devem ter ofendido o povo azteca e devoto de Nossa Senhora de Guadalupe...
7) Numa apresentação em Boston, Massachusets, políticos locais processaram a produção, alegando que na cena em que um hippie chora a morte de George Berger no Vietnã, enxugando suas lágrimas na bandeira norte-americana, aquilo era uma afronta. Na Suprema Côrte, os juízes deram ganho de causa à produção, assegurando-lhes o direito de expressão e o processo foi arquivado.
8) Meat Loaf, que anos mais tarde se tornaria um astro do Rock, foi membro da tribo entre 1970-1972. Sua contratação foi das mais curiosas. Ele era manobrista na porta do teatro e como tinha visual hippie com cabelo na cintura, foi convidado a fazer um teste e aceito, imediatamente. Aliás, James Rado e Gerome Ragni costumavam abordar hippies nas ruas que achavam interessantes e lhes convidar para testes, sempre renovando o elenco, ou melhor, a tribo...
9) Donna Summer, que no final dos anos 1970 se tornou uma estrela da Discothèque, foi membro da tribo na montagem alemã. Ficou cinco anos no elenco , emprestando sua potente voz e interpretação.
10) A última apresentação oficial, com a tribo original e Michael Butler e Tom O'Horgan no comando, ocorreu em 1° de julho de 1972. De 1967 até essa última encenação, foram 1750 apresentações.
11) Em 1976, os direitos da peça foram vendidos ao diretor de cinema tcheco, Milos Forman, que lentamente começou daí a pré-produção. Passou o ano de 1977 praticamente inteiro fazendo testes com atores. Uma garota novaiorquina de origem italiana e completamente desconhecida, foi recusada no teste de Milos Forman, que a considerou inexpressiva, uma tal de Madonna Ciccone...
Bruce Sprinsgteen foi convidado a fazer teste para interpretar o personagem George Berger, mas recusou alegando não ser ator, Uma sábia decisão...
Ainda falando do filme, ele foi produzido em 1978 e lançado em 1979. A crítica até que foi boa, mas o fracasso de público foi evidente. Aí cabe algumas considerações em relação ao filme:
1) Ele demorou demais para ser lançado. Ao só venderem seus direitos em 1976, Rado e Ragni cometeram um erro de avaliação, pois toda a euforia do Flower Power já havia se diluído. Pior ainda foi Forman em sua lentidão, pois quando o lançou , em 1979, o ambiente era completamente desfavorável ao ideal hippie, e pelo contrário, muito hostil, pois por uma lado a Disco Music abriu o caminho para uma nova geração de Yuppies, pessoas de mentalidade anti-hippie e totalmente pró-establishement e pelo outro, a mentalidade do niilismo punk de 1977, arraigou um sentimento de repúdio à tudo o que "Hair" pregava. Portanto, o filme foi muito mal lançado.
2) Assim que venderam os direitos, Rado e Ragni se prontificaram a elaborar um roteiro de adaptação ao cinema. Milos Forman recusou-o e mesmo com várias tentativas de modificações feitas pelos autores, Forman recusou definitivamente, alegando ser uma adaptação que quase o induzia à filmar a apresentação teatral e cinema era outra coisa. De fato, o argumento dele tem sentido, mas a verdade é que o filme diluiu e muito o espírito original da peça. Portanto, se você viu o filme, vai achar legal, mas tenha a certeza que a peça era muito melhor.
3) Rado e Ragni ficaram ainda mais enfurecidos ao saberem que Forman nem cogitava usá-los nos papéis que interpretaram tantos anos no teatro. Dessa forma, ambos romperam com o diretor e se recusaram a apoiar o filme.
4) A atriz Beverly D'Angelo era a única no elenco do filme que houvera sido membro da tribo no teatro, onde encenou por anos.
5) Treat Williams, estourou com o filme e se tornou um bom ator em filmes e séries de TV até hoje. É um admirador confesso de Gerome Ragni e sempre achou abertamente que o George Berger deveria ter sido feito por Ragni no filme.
6) A minha experiência pessoal com o filme é engraçada. Arrumei ingresso para a pré-estréia e quando as luzes se acenderam ao final, eu era o único cabeludo no cinema...Definitivamente, 1979 não foi um bom ano para esse filme ter sido lançado.
"Hair" teve inúmeras montagens franqueadas ao longo do planeta. No Brasil , cabe acrescentar que também foi um marco e causou muita polêmica, ainda mais se contando que estávamos em meio aos "anos de chumbo", com o endurecimento da ditadura militar, após a introdução do AI-5.
Ademar Guerra teve a ousadia de produzir o espetáculo em pleno ano de 1969. O teatro Aquário, na Bela Vista em São Paulo foi o palco dessa montagem histórica. O ator/produtor Altair Lima foi produtor artístico e no elenco, jovens atores como Nuno Leal Maia, Sonia Braga ,Edyr Duque (futuramente se tornou membro de As Frenéticas), José Luis Penna ( Futuramente membro da banda de Rock, "Papa Poluição", parceiro de Belchior e há anos na política, já tendo sido inclusive, presidente nacional do Partido Verde), Armando Bogus, Denis Carvalho, Bibi Vogel, Ney Latorraca entre outros, além das já experientes Ariclê Perez , Aracy Balabanian e do próprio Altair Lima.
Inacreditável a habilidade de Ademar Guerra e Altair Lima ao convencer os censores, aquelas mentes retrógadas, a liberarem a peça, inclusive com a polêmica cena de nú coletivo no final do primeiro ato. A única restrição foi a de que os atores deveriam ficar imóveis nessa cena e a luz fazer um fade out rápido, até apagar-se completamente.
Apesar da ditadura, a peça foi um estrondo de sucesso, repetindo o elán da montagem norte-americana.
Altair Lima remontou a peça em 1978 e dessa vez pude ver, no alto de meus 18 anos de idade. Encontrei um amigo na porta do teatro Procópio Ferreira, na Rua Augusta, aqui em São Paulo e ele profetizou: " Te dou dez cruzeiros, se você aguentar dez minutos da peça. Está uma droga essa montagem" . Entrei e assisti. Infelizmente , ele tinha razão, pois o espetáculo não tinha vida, era insosso, com um elenco fraco; uma banda economizando nos arranjos, burocráticamente; figurino tentando se "modernizar" e deixar o visual hippie de lado e até o sacrilégio de mudarem a questão da guerra do Vietnã para o conflito insípido da Nicarágua de 1978, para tentar "deixar atual" a linguagem...e eu perdi dez cruzeiros naquela noite...
Soube de outras versões aqui e ali, ao longo dos anos, mas parece que essa moderna, que está em cartaz no Rio de Janeiro desde 2010, está honrando a tradição desse grande musical.
Gerome Ragni, um dos autores e ator principal que interpretava o hippie George Berger, faleceu em 1991, vítima de câncer.
Encerrando, deixo o depoimento do ator Andre De Shields, que foi membro da tribo entre 1969-1970 :
"Hair era vivo, um estado de consciência, um estado de ser ".
E deixem a luz do sol entrar em seus corações ...
http://www.youtube.com/watch?
Luiz Domingues - Músico
Vai acabar ficando redundante comentar o quanto esse blog é delicioso e aconchegante. Em meio ao turbilhão de notícias avassaladoras de violência e desrespeito, nada como um pequeno oásis roqueiro e bem inteligente para salvar nossas almas. Ai...falar de HAIR é oferecer meu coração em bandeja, flambado por poesia. Inusitada seria característica pequena perto da profundidade desse espetáculo. Ousado, sim... Exagerado, não! Nada que venha do idealismo é extravagante! Apaixonante década de 60... por que não nasci nesses anos? Linhas em tecituras poetizadas dessa matéria. Sou suspeita para falar do autor...rs. Juma, querido, parabéns mais um vez... Continuem alimentando nossas almas...
ResponderExcluirMuito obrigado, Leonora !!
ExcluirRealmente falar de Hair é falar de liberdade e essa liberdade foi sonhada em cores, poesia, música e esperança de um mundo melhor e mais fraterno, naquela década de sessenta, que tanto apreciamos.
Que texto maravilhoso!
ResponderExcluirSabia da peça de teatro, do filme e da peça no Brasil. Só vi o filme.
Não sabia de tantos detalhes. Foi uma aula!
Como é bom ler textos assim.
Parabéns!
Obrigado, Janete !
ExcluirMais que uma peça que gerou um filme, Hair é um libelo aquariano da paz ! Fico contente em ter lhe passado detalhes extras que a fizeram aumentar seu conceito sobre a obra !!
Nossa meu amigo...realmente é uma aula de cultura, eu tb desconhecia alguns detalhes citados. É muito interessante ler essa troca de informações e ainda com um misto de sua própria experiência. Demais o seu texto...adorei!!
ResponderExcluirGisele (DF)
Muito obrigado, Gis !!
ExcluirEstou gratificado por ter-lhe proporcionado essas informações adicionais sobre a peça teatral/fime, Hair.
Sejamos como o majestoso Sol, que há de brilhar incansavelmente e jamais almeja algo em troca. O sentido utópico desta visão, não limita-se apenas aos suspiros de nossa essência, mas implica diretamente nos detalhes que engradecem e perfumam os atos, os dias, as tristezas e as alegrias de nossa humilde e sensível existência. O Homem torna-se aquilo que acredita ser, portanto, nota-se que, temos apenas um coração, sendo este cultivado pelo brilho incansável daquele que independente de quaisquer feitos está sempre ao nosso redor, o Sol. (ALTIERES FONSECA)
ResponderExcluirA majestosa estrela que nos dá luz e como disseram os Mutantes,"Tudo foi feito pelo Sol"...
ExcluirSó precisamos deixar que sua luz brilhe, mas muitos, para não dizer a maioria, lutam contra esse conceito e não querem que saiamos das trevas. Hair é uma obra que denuncia essa resistência e nos convida a aderir à vibração aquariana da luz.
Parabens meu amigo, adorei!! Muito lindo!! Bjão!!
ResponderExcluirObrigado, Naty !!
ExcluirQue legal que gostou !!
O Hair prá mim, é até hoje um grito de liberdade,que sinto vontade de soltar todos os dias contra o sistema que somos obrigados a viver, numa guerra silenciosa e sem fim,muito lindo a matéria parabéns Luiz,paz amor e liberdade sempre...bjs.
ResponderExcluirConcordo inteiramente contigo, Yvonne. Quem acredita na paz, amor e fraternidade entre os homens, naturalmente tem em Hair, seu grito de liberdade ecoado aos quatro ventos.
ExcluirObrigado, paz e amor !
sensacional, luiz!!!!! muuuuita informação que eu não tinha nem sombra de conhecimento sobre... mto bom! parabéns ;-)
ResponderExcluirExcelente, Thiene !
ExcluirEssa obra é tão rica, que não podia ficar sem essas informações todas, análogas.
Grato pela atenção !!
Incriiiiiivel... Baixei a trilha sonora para ouvir lendo o artigo!
ResponderExcluirO feeling aqui esta incrivel. Até me inspirei pra criar meus artesanatos.
Obrigaaada pelo momento e pela mensagem!
Que legal, Nah !
ExcluirCom essa inspiração toda, tenho certeza que seus artesanatos ficaram muito legais !!
Eu é que lhe agradeço pela atenção e vibração legal !
Luiz que maravilhaaaa!!!!!!
ResponderExcluirDetalhes incríveis,adorei!
Foi uma época encantada...
obrigada pela viagem,aprendi e me surpreendi muito!
Que o sol nos ilumine sempre!
beijinhOsss
Muito legal, Krys !!
ExcluirAdorei saber que curtiu o texto. De fato, foi uma época encantada. Cabe a nós que sabemos o valor disso tudo, difundir aos mais jovens tais valores e manter a chama de esperança acesa.
Obrigado !!
Conheci o filme Hair nos anos 80, eu era criança e nem sonhava com a importância que aquele musical ia ter em minha vida.
ResponderExcluirAgora lendo seu artigo, Luiz, estou muuito curioso para conhecer a peça original.
Belíssimo texto!
Obrigado, Bruce !!
ExcluirSem dúvida que o impacto de Hair sobre todos nós que nos envolvemos com a música, é gigantesco.
legal não sabia que o meat loaf foi membro da tribo,muito inressante e esclarecedor texto,parabéns!
ResponderExcluirVerdade, Kim ! O Meat Loaf foi membro da tribo entre 1970 e 1972. Foi certamente a sua primeira oportunidade artística.
Excluirgrande trilha musical .... retratada a uma era de jovens que buscavam a libertação , em clima de paz no mundo onde hoje , somos vítimas das injustiça do dia a dia a paz que o homen não encontra mais ... o mundo precisaria entender os jovens da era de aquário
ResponderExcluirAdorei a sua afirmativa, Alan !!
ExcluirRealmente, a juventude atual precisa conhecer a experiência aquariana daquela juventude sessentista.
É isso aí Luiz. Assisti a produção aqui do Rio. Gostei bastante. Mudaram um pouco o roteiro, mas nada que comprometesse o espírito do trabalho.
ResponderExcluirValeu Zé Rubens !
ExcluirAqui em São Paulo a produção está "Sold Out", também neste momento (abril de 2012). Sucesso total !!
Parabéns Luiz pela matéria. Encantada pelo escrito no blog, eu fui à locadora assistir o musical Hair, e como previsto me encantei com o roteiro. Eu ainda não conhecia a história e me surpreendi bastante, e tenho certeza que essa matéria serviu para informar pessoas que desconhecia da peça como eu, ou ainda para reviver um sentimento tão importante, intitulado como AMOR, para relembrar a forte vibração de amor ao próximo e a todas as coisas existentes. Infelizmente, assim como informa a canção "Blood on the rooftops" da banda Genesis, a televisão enche os nossos telhados de sangue com seu pessimismo e suas guerras. Ainda assim, precisamos ter ciência que a história só é cíclica com suas mortes e desamunização, porque nós seres humanos a permitimos, o mal só existe porque criamos e se todos vibrarem amor a exemplo dos hippies da década de 60, um movimento que é considerado inicialmente como contraventor da ordem pública,da ordem capitalista e "moral" passa a tomar proporções maiores, e tende a unificar o respeito de todos para todos. Toda manifestação de pensamento, toda obra, toda arte deixa uma mensagem, e entendo que o fato de escrever sobre esse assunto nos tempos atuais, é justamente lembrar que a União, o amor, a paz de espírito, o respeito, o desapego não fazem parte do passado,esses sentimentos são universais, nós temos a faculdade de torná-los presentes em nossa vida. O problema da nossa geração é o excesso de individualidade, apego ao materialismo e diversas formas de PRECONCEITOS. Acreditamos que a maturidade e a evolução são conquistadas estritamente pela contagem de anos, pelo contrário, nossa década se mostra muito mais atrasada em termos de consciência que a década de 60, a reforma está é no coração e na forma que se vê o mundo. Então, depois da linda mensagem que a peça HAir nos passa, nós deixaremos o Sol entrar em nosso ser? Aceitaremos a não-crítica de todos os erros que cometem os crimes da nacionalidade? Quem somos, aquele que julga ou que compreende? Espero que todos nós possamos vibrar mais amor no nosso coração, perceber que a União é que faz a força, que fazemos parte de uma única raça: a Humana,e que toda forma de amor é válida.
ResponderExcluirAlana :
ExcluirQue belo comentário, amiga !! Você foi muito feliz por exprimir a sua opinião amparada pela essência do que Hair significa, ou seja, um libelo da paz, amor, fraternidade, união, igualdade, arte...