Luiz Domingues toca na Banda Pedra *****
Tive essa idéia ao ver um vídeo com The Band, do filme "The Last Waltz".
A The Band não existe mais (visto que Richard Manuel se suicidou durante a tour de reunião da banda)
"Martin Scorsese: Um ítalo-americano que gosta de música"
Martin Scorsese dispensa maiores apresentações como diretor de cinema consagrado que é. Influência óbvia de qualquer cinéfilo, tem uma carreira prolífica com diversos filmes no panteão dos clássicos, mais documentários e trabalhos dirigidos à TV, paralelamente.
Contudo, quero enfocar hoje mais específicamente, os trabalhos dele relacionados à música e o Rock em específico.
O primeiro grande trabalho de Scorsese nesse sentido, foi em 1978, com "The Last Waltz". Um documentário com requinte de longa metragem. Feito com um apuro muito grande, emociona não só os fãs da lendária "The Band", como qualquer Rocker que se preze.
Cobrindo o show de despedida dessa histórica banda no mítico teatro Winterland Balroom em San Francisco, California, no ano de 1976, Scorsese imprimiu um roteiro de pura emoção, indo além da energia e comoção geradas no palco.
Intercalou diversos depoimentos informais dos membros da The Band, contando casos pitorescos da carreira e ainda acrescentou duas cenas gravadas à parte, onde The Band toca seu hit "The Weight", acompanhado da musa folk Emmylou Harris mais um coral de backing vocals sensacional e uma valsa (The Last Waltz... ), numa atmosfera idílica, lindíssima.
No show, além dos clássicos do repertório da banda, uma plêiade de artistas convidados, tais como: Bob Dylan, Muddy Waters, Eric Clapton, Ringo Starr, Van Morrison Dr. John, Ronnie Hawkins, Emmylou Harris, Joni Mitchell, Neil Young, Neil Diamond, Paul Butterfield e o então recém "novo guitarrista dos Rolling Stones", o Ex The Faces, Ronnie Wood.
Assisti pela primeira vez no extinto cine Bijou, na Praça Roosevelt, centro de São Paulo, logo que entrou em exibição no ano de 1978. Saudade daquele cinema, um fortíssimo reduto de Hippies, Freaks e cinéfilos, onde a programação de filmes e documentários de cunho contracultural era marcante.
Outro trabalho muito bom dele foi a série de documentários que produziu enfocando o Blues como tema, com um título categórico, para não deixar dúvidas: "The Blues", em 2003. Distribuído em 8 episódios de aproximadamente 90 minutos cada, destinou cada um a um diretor diferente e dirigiu o primeiro, entitulado: "Feel I Like Going Home". Nesse episódio, Scorsese faz uma viagem acompanhando o músico Corey Harris do Delta do Mississipi até o rio Niger, em Mali, África, para tentar entender a mais remota raiz do Blues. Simplesmente espetacular.
Nos outros episódios, Scorsese ficou a cargo da produção geral e designou grandes diretores do calibre de Win Wenders, Richard Pearce, Charles Burnett, Mark Levin, Mike Figgis e Clint Eastwood.
No episódio dirigido por Clint Eastwood, cenas de Ray Charles, pouco antes de falecer.
Em 2005, outro projeto ambicioso de Scorsese: "No Direction Home", um espetacular documentário enfocando o início da carreira de Bob Dylan, seu impacto inicial como artista folk no início dos anos 1960, com muitos depoimentos, imagens e fotos raras etc.
Diferente de "Don't Look Back" (documentário de 1967 , realizado pelo diretor D. A. Pennebaker, que enfocou bastidores de um show de Dylan em Londres no ano de 1965), "No Direction Home" é um adendo à obra de Pennebaker, super cultuada pelos fãs de Bob Dylan e rockers em geral que admiram Pennebaker por seus documentários clássicos do Rock sessenta/setentista.
E finalmente chegamos em "Shine a Light", belíssimo documentário enfocando dois shows dos Rolling Stones realizados no Teatro Beacon de New York , no ano de 2006.
Com fotografia esplêndida, Scorsese caprichou nos takes da performance de "suas majestades satânicas" e não carregou em depoimentos , praxe do documentarismo musical.
Sua avant-premiere foi no Festival de Berlim, em 2008.
O próximo projeto de Scorsese em termos de documentário enfocando a música, já está em curso. Se chamará : "Living in the Material World : George Harrison. Atualmente em fase de produção, tendo a viúva de Harrison, Olívia Harrison como consultora.
Fãs de Harrison e dos Beatles esperam ávidamente por esse documentário que promete ser sensacional, enfocando a vida e obra de nosso querido Beatle "místico". Como devem saber, "Living in the Material World" é nome de uma linda canção pertencente ao álbum do mesmo título de George Harrison, na sua carreira solo e lançado em 1973.
Sensacional, adorei Luiz! Parabens pela matéria!!
ResponderExcluirMuito obrigado, Naty ! Muito bom que tenha gostado da matéria !
ExcluirComo sempre, uma aula para quem desconhece o outro lado da moeda...rsrsrs.
ResponderExcluirGrande matéria. Bem redigida e de cunho informativo inquestionável... Uma viagem na história de Scorsese!
Leonora
Obrigado, Leonora !
ExcluirFico muito contente em saber que apreciou a matéria e acima de tudo, tenha aumentado o seu conceito sobre o grande artista que Scorsese é, certamente !
Oi Luiz! Minha nossaaaa,tentarei assistir esses belos trabalhos que tu descreves!Eu soube hj desse doc de 2005 que o Martin fez do Dylan,pq está sendo lançado a biografia do mesmo,mas não vi e nem sabia nada sobre!Valeu por mais essa luz!Excelente!
ResponderExcluirSim, Krys !
ExcluirEsse documentário sobre o Dylan é sensacional !!
Parabéns Luiz pela matéria!
ResponderExcluirConheço alguns trabalhos do Scorsese, mas desconhecia esse lado musical surpreendente pelo folk rock e outros ícones do rock.
A matéria ficou bem detalhada, e induz ao leitor a assistir a cada um dos filmes citados. E é claro que eu como leitora curiosa e apaixonada pela música não vou deixar de assistir a esses clássicos.
Valeu por mais essa dica maravilhosa. A cada dia o blog do Juma se torna mais enriquecidor.
Dessa forma,Parabéns aos dois.
Att.,
Alone Ribeiro.
Alone, minha amiga : Que bacana que a matéria despertou a sua atenção para os filmes e documentários de teor musical, uma faceta forte no trabalho do eclético Scorsese.
ExcluirE o Juma certamente fica contente com seu elogio à rádio super Rocker, que embala a leitura dos textos, com muito Rock.
Martin Scorsese na minha humilde opinião sofre da mesma síndrome dos grandes gênios cinematográficos; ele é Nerd, de uma mente perversa e um ótimo gosto músical. Se tu não possui uma mente perversa (perversa no bom sentido) tu jámais será bom no mundo do cinema hehehe GRANDE SCORSESE... Muito bom seu texto.
ResponderExcluirEssa sua colocação foi muito feliz, Grazi. Realmente o Scorsese não é um artista comum e está à frente da média.
ExcluirLuiz querido, mas uma matéria excelente, muito boa parabéns!
ResponderExcluirE claro tentarei assistir.
Obrigado, Hitalita !
ExcluirAssista, sim, pois eu recomendo todos os filmes e documentários que arrolei na matéria !
Grande Luiz DOmingues, muito legal a materia!!!
ResponderExcluirGrande Magrão !!
ExcluirObrigado pela atenção. Limeira Rock City no pedaço da Rádio/Blog do Juma !!
Excelente pesquisa e texto, obrigada luiz.
ResponderExcluirSorte nossa que amamos George e Scorsese. Aguardamos.
Valeu, Pi !
ExcluirNós que amamos Rock e cinema temos no Scorsese, um verdadeiro artista antenado nessa comunhão que curtimos.
Muito massa! Sempre fui fã do Martin mas não sabia que ele gostava de música xD
ResponderExcluirMuito bom!!
Fico muito contente por ter-lhe mostrado essa faceta diferente do Scorsese, que você desconhecia. Sim, Gabi, ele é um Rocker, como nós.
Excluirmartin, the band e the last waltz.
ResponderExcluirperfeito
parabéns
Na môsca, Lindéria !!
Excluir"The Waltz" tratou de juntar esses elementos fantásticos que você citou.
Muito obrigado pela atenção !!
É... O Rock está na vida de muita gente, sem ter a necessidade de que religiosamente se use um visual. rs
ResponderExcluirE viva o Rock'n Roll.
Beijokas a todos!
Falou e disse, Pri !!
ExcluirKeep on Rock !!
Muito bom Luiz...
ResponderExcluirEu não sabia desse documentario do George vou me aprfundar e saber mais...
Vlw amigo!
Sim, documentário mais do que oportuno sobre o nosso querido Beatle místico !
ExcluirAbraço, amigo !
poxa" bassman"obrigado pela dica, eu curto muito filmes classico e deixo um pouco de lado esses filmes e documentarios +++ obscuro digamos assim. valeu grande abraço...
ResponderExcluirHora propícia para olhar um pouco mais detalhadamente o lado musical de Scorsese.
ExcluirAbraço !
Quem sabe, SABE ! ! !
ResponderExcluirBelíssima matéria.
Grande abraço, Luiz.
Obrigado, Marcelo !!
ExcluirQue legal que gostou, amigo !
Scorsese é de fato um notável e primoroso produtor de arte, mesmo não atuando ou cantando, este torna-se um verdadeiro artista, devido a paixão singularmente encontrada em seus feitos, aliando assim, trabalho, satisfação, prazer e amor devido a execução de sua implacável competência. Sua contribuição para o cinema e a música ainda irá de ser estudada e observada por muitos outros futuros, e talvez a sua real importância ainda seja mais expandida e compreendida pelos dias do amanhã.
ResponderExcluirPrimoroso texto grande Luiz Domingues, forte abraço ! (Altieres Fonseca)
Gostei do que disse, Altieris. Também acredito que no futuro, os historiedores da arte cinematográfica terão em Martin Scorsese, um objeto de estudos riquíssimo.
ExcluirObrigado pelo rico comentário !!
Texto maravilhoso! Eu não sabia desse documentário, vou tentar assistir. No mínimo, deve ser excelente :) !
ResponderExcluirQue legal, Babinha !
ExcluirCorra atrás para ver, pois vale muito a pena !!
Luiz, sou tua fã pelo seu talento, conhecimento e experiência. Beijo!
ResponderExcluirO que eu posso dizer diante de um depoimento desses ? Eu é que sou seu fã, minha amiga lead singer !!
ExcluirBeijo !
Luis,suas postagens são nota 1000!uma melhor que a outra :]
ResponderExcluirum abraço.
Obrigado, Leila !!
ExcluirFico feliz que esteja curtindo as matérias que publico aqui no Blog do Juma !!